Friday, April 2

destino?

Não sei se hei-de ou não acreditar no destino.
Sempre tive este gosto de procurar a razão científica das coisas sem me deixar embalar por fantasias e mitos. Por outro lado muitas vezes lamentei o facto de me ser impossível, por isso mesmo, acreditar na existência de um deus (católico ou mesmo outros).
Quem é que é capaz de tomar conhecimento da incrível imensidão do universo e acreditar, em perfeito juízo, na existência de uma entidade semelhante ao homem, criadora de tudo isso?
Mas Deus sabe o quanto, muitas vezes, gostaria de poder trazer esse cheiro de fantasia e sonho à minha vida. Conseguir acreditar que ainda temos algum poder sobre aquilo que nos acontece, ou justamente, no facto de sermos guiados como que por magia e por desígnios superiores a fazer algo. Como se fossemos tão importantes para o mundo que devesse haver alguém encarregue de estudar e ditar de antemão os nossos actos, sem os quais alguma catástrofe cósmica poderia acontecer. Em suma, acreditar num destino.
À força de querer acreditar, acabo por deixar influenciar o raciocínio por aspectos do acaso; acabo por me divertir a procurar uma lógica, padrões e sinais que certamente nunca terão existido.