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Foi portanto com grande entusiasmo que ouvi falar pela primeira vez da "técnica da respiração circular". O nome já era sugestivo, e quando descobri que consistia em tocar e respirar ao mesmo tempo entrei em êxtase: era o sonho tornado realidade!
Com uma "simples" coordenação de movimentos e forças, consegue-se justa e maravilhosamente a simultâneidade entre uma expiração exclusivamente bucal e a inspiração unicamente pelo nariz. Ou seja:
Com um movimento das bochechas e da língua (que virá de trás - da garganta - para a frente, em direcção aos dentes), deita-se fora o ar que se encontra unicamente alojado na boca, e nesse preciso momento, consegue-se inspirar pelo nariz (para se ter melhor a percepção destes movimentos, pode experimentar-se primeiro apenas a expiração-bucal enchendo a boca de ar e vazando-a com a ajuda das mãos firmemente contra as bochechas e só depois acumular com uma inspiração-nasal).
Isto, assim à primeira vista, parecia a resposta para os meus problemas, vários e não só já de ordem respiratória, mas da exigência ao nível de uma qualidade sonora: mais ar significa mais som e mais potência, com todas as vantagens musicais mas todas as desvantagens também, que pode acarretar a ousadia de se tentar descaracterizar um instrumento, tradicionalmente, mais que identificado e rotulado...
Ah, pois é...
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