Pouca Terra
Faço viagens hebdomadárias de combóio para Tomar. Não levava o carro nem que me pagassem.
É uma curta viagem de 2 horas no serviço regional da C.P. que saboreio com prazer junto à janela com um livro nos joelhos ou a dormir ou os dois e vice versa.
O combóio é confortável. Tem novas carruagens com ar condicionado. (Claro que quase nem valia a pena dizer, porque todos são unânimes, que as velhas eram mais bonitas e etc.)
Mas aqui existem melhoramentos consideráveis, como muito especialmente nas casas-de-banho.
Do que quero falar, porém, é de um outro melhoramento. A implantação de "altifalantes" (que não se avariam nunca) em transmissão contínua de música erudita.
Talvez a ideia seja a de apaziguar ânimos e prevenir vandalismos, como li que se começa a fazer um pouco pela C.E.
A música clássica acalma?...talvez...
Só é pena que a gravação seja sempre a mesma, e isto desde há mais de um ano, altura em que terei sido pela primeira vez utente destas novíssimas composições, porque começo francamente a ficar enjoada de algumas das mais belas obras da música ocidental:
Diversos andamentos de sinfonias de Beethoven, o "Moldavia" de Smetana, algumas das "Variações Enigma" de Elgar, "Till Eulenspiegel" de R. Strauss, enfim, uma estranha e eclética recolha avulsa, que apesar de tudo demonstra piedade por parte do d.j., no sentido em que nos poupa de "Avés Marias" e valsinhas de outros "Strausses", apresentando obras desconhecidas, à partida, do grande público ou das grandes massas melhor dizendo.
A intensão era certamente a melhor. (E o resultado podia ser melhor ainda porque o princípio resulta.)
O que é certo é que, num período inferior a três meses, o concerto para 2 violinos de J.S.Bach passou de "uma das mais belas obras" a "vómito" e até cheguei ao ponto de passar a levar headphones para poder ter uma viagem normal sem sofrer de ouvir aquele que passou a ser um contraponto enjoativo... lamentavelmente.
Quantas vezes já, me apeteceu arrancar violentamente as tais colunas de som para parar de uma vez por todas com as calúnias.
Faço viagens hebdomadárias de combóio para Tomar. Não levava o carro nem que me pagassem.
É uma curta viagem de 2 horas no serviço regional da C.P. que saboreio com prazer junto à janela com um livro nos joelhos ou a dormir ou os dois e vice versa.
O combóio é confortável. Tem novas carruagens com ar condicionado. (Claro que quase nem valia a pena dizer, porque todos são unânimes, que as velhas eram mais bonitas e etc.)
Mas aqui existem melhoramentos consideráveis, como muito especialmente nas casas-de-banho.
Do que quero falar, porém, é de um outro melhoramento. A implantação de "altifalantes" (que não se avariam nunca) em transmissão contínua de música erudita.
Talvez a ideia seja a de apaziguar ânimos e prevenir vandalismos, como li que se começa a fazer um pouco pela C.E.
A música clássica acalma?...talvez...
Só é pena que a gravação seja sempre a mesma, e isto desde há mais de um ano, altura em que terei sido pela primeira vez utente destas novíssimas composições, porque começo francamente a ficar enjoada de algumas das mais belas obras da música ocidental:
Diversos andamentos de sinfonias de Beethoven, o "Moldavia" de Smetana, algumas das "Variações Enigma" de Elgar, "Till Eulenspiegel" de R. Strauss, enfim, uma estranha e eclética recolha avulsa, que apesar de tudo demonstra piedade por parte do d.j., no sentido em que nos poupa de "Avés Marias" e valsinhas de outros "Strausses", apresentando obras desconhecidas, à partida, do grande público ou das grandes massas melhor dizendo.
A intensão era certamente a melhor. (E o resultado podia ser melhor ainda porque o princípio resulta.)
O que é certo é que, num período inferior a três meses, o concerto para 2 violinos de J.S.Bach passou de "uma das mais belas obras" a "vómito" e até cheguei ao ponto de passar a levar headphones para poder ter uma viagem normal sem sofrer de ouvir aquele que passou a ser um contraponto enjoativo... lamentavelmente.
Quantas vezes já, me apeteceu arrancar violentamente as tais colunas de som para parar de uma vez por todas com as calúnias.
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