A escolha
A profissão de músico é talvez aquela que exige dedicação desde a mais tenra idade.
Nao é fácil decidir com 6-7 anos ou até antes - quando mal se sabe ainda falar, muito menos ler e escrever - se é realmente o mundo dos sons aquele que verdadeiramente nos fascina, se é essa a nossa verdadeira vocação (excepçao feita a Mozart e outros muito poucos). Também se torna difícil imaginar Rainer Maria Rilke a trocar correspondência com um garoto de nove anos!...
Mas acontece. Tem mesmo que ser, por razões fisiológicas que a técnica não perdoa. Claro que a decisão pode partir directamente da escolha do instrumento.
E que escolha... muitas vezes feita pelos pais, que remetem para os filhos os seus sonhos frustrados ou mesmo a sua própria escolha no caso de também já serem músicos instrumentistas. Muitas vezes se escolhe o instrumento que agrada mais à vista e não ao ouvido, ou simplesmente aquele que se tem mais a mão:
Que difícil é escolher, nessa idade impúbere, se se vai querer passar o resto da vida de pé com o instrumento na mão, ou sentado com as mãos no instrumento! de instrumento ao pescoço ou bem acomodado entre as pernas...
E é claro que nos acabamos sempre por esquecer do pormenor do transporte, e é por isso que se podem ver depois, nas imediatações dos locais de ensaio, disparidades tais como sujeitos altos e espadaúdos passeando alegremente de oboé em punho mesmo ao lado de estranhas tartarugas que não passam afinal de frágeis meninas que se deixaram seduzir pelos encantos do violoncelo...lá está.
Nao é fácil decidir com 6-7 anos ou até antes - quando mal se sabe ainda falar, muito menos ler e escrever - se é realmente o mundo dos sons aquele que verdadeiramente nos fascina, se é essa a nossa verdadeira vocação (excepçao feita a Mozart e outros muito poucos). Também se torna difícil imaginar Rainer Maria Rilke a trocar correspondência com um garoto de nove anos!...
Mas acontece. Tem mesmo que ser, por razões fisiológicas que a técnica não perdoa. Claro que a decisão pode partir directamente da escolha do instrumento.
E que escolha... muitas vezes feita pelos pais, que remetem para os filhos os seus sonhos frustrados ou mesmo a sua própria escolha no caso de também já serem músicos instrumentistas. Muitas vezes se escolhe o instrumento que agrada mais à vista e não ao ouvido, ou simplesmente aquele que se tem mais a mão:
Que difícil é escolher, nessa idade impúbere, se se vai querer passar o resto da vida de pé com o instrumento na mão, ou sentado com as mãos no instrumento! de instrumento ao pescoço ou bem acomodado entre as pernas...
E é claro que nos acabamos sempre por esquecer do pormenor do transporte, e é por isso que se podem ver depois, nas imediatações dos locais de ensaio, disparidades tais como sujeitos altos e espadaúdos passeando alegremente de oboé em punho mesmo ao lado de estranhas tartarugas que não passam afinal de frágeis meninas que se deixaram seduzir pelos encantos do violoncelo...lá está.