Tuesday, November 25

ouvi dizer

que a Orquestra Sinfónica de Lisboa não fez ontem um concerto por estar demasiado frio. Dos detalhes não sei.

Isto deixa-me a pensar em certas Igrejas geladas, como e de Lamego por exemplo, em que tive(mos) de tocar no mês de Janeiro ou Fevereiro com uns aquecedorezecos para dar alento psicológico... e isto deixa-me uma dúvida:

Será que devo aplaudir a audácia de mostrar com essa atitude que os músicos também necessitam de condições para trabalhar, ou abrir a boca com espanto?

Se assim fosse aqui onde estou, já teriamos estado sem tocar há três semanas pelo menos...!

uma manhã entre tantas

8h30 Alvorada. Magnífico! Novo programa nas pastas para uma nova semana de trabalho. Despertar animado na perspectiva de um bom ensaio, mesmo após uma viagem de 4 horas de autocarro durante a noite.

9h00 Saída de casa

9h15 Café

9h30 Na sala de ensaios já alguém aquece. As pastas são distribuídas.

10h00 Início do ensaio.

Afinal só toco na "Abertura". Enquanto os meus colegas clarinetistas se alegram de ter pouco a fazer esta semana, eu mal consigo dissimular o meu desapontamento...

10h30 Fim do ensaio para os clarinetes, trompetes, percussão e para mim. Todos abandonam alegremente a sala de ensaio. Esforço-me para parecer satisfeita (o contrário pareceria mal.)

Mas afinal o que haverá de errado comigo?

Thursday, November 6

Convite á música

Em princi­pio este espaço năo é suposto ser a solo mas sim a quatro măos... Resta saber onde andarăo perdidas as outras duas. Hmm... talvez por outros teclados?

Viva

Não queria contrinuar sem antes fazer aqui uma homenagem às bibliotecas municipais e à internet gratuita:
Vivam as bibliotecas municipais! Longa vida a quem se lembrou de fazer uma sala de audio-visuais! Viva! Viva!

Wednesday, November 5

Causas das coisas


Ser músico de orquestra tem destas coisas, principalmente quando se anda a saltitar de uma para outra orquestra (na melhor das hipóteses): Vemo-nos obrigados a mudar de cidade, de casa, de rotina... de amigos é que é mais difí­cil... não se muda. E os dias de folga que são a alegria de qualquer pessoa normal, transformam-se em vales enormes de tempo que nos separam da razão primeira pela qual nos encontramos longe de quem amamos: a música. Fazer música para alguém, por alguém.

Claro que tudo se pode tornar mais complicado quando os vizinhos provisórios da nossa casa provisória são velhotes reformados que não saem de casa, e querem a sua quota parte de sossego, entenda-se silêncio. Aí­, sai-se de casa, ruma-se ao computador mais próximo na biblioteca municipal mais próxima e abre-se um blogue!
...É sempre difi­cil atacar uma página em branco. Um ente sem alma, sem fantasmas. Uma entidade completamente virgem.
É um pouco como tocar a primeira nota do dia após uma longa noite de repouso. Ou pisar o silêncio de um palco com ou sem público, para o efeito é o mesmo...